Carta aos Professores da Rede Municipal de Ensino de
Presidente Figueiredo.
Em primeiro lugar parabenizo cada professor e cada professora, os aluno e pais de alunos e digo: estou profundamente alegre em saber que ainda existe pessoas que tem coragem de lutar por seus direitos, em acreditar que juntos, através de manifestações pacíficas, ordeiras e sobretudo legais, podem conquistar seus espaços e o reconhecimento de sua profissão, não somente o reconhecimento de seus alunos, dos pais, da comunidade em geral, da alegria em ver um médico, um advogado, um político, em fim, um cidadão que destacou-se e poder dizer com orgulho: “Eu ajudei a formar aquele cidadão e hoje está dando bons frutos para a sociedade”, pois este reconhecimento alimenta o ego e dá ainda mais motivação em ser EDUCADOR... Mas falo da recompensa salarial, pois esta alimenta, paga as contas e dá conforto à família.
Se formos relembrar todas as conquistas legais obtidas como a CLT, a Constituição Federal e outras leis, passaríamos a tarde falando sobre isso, mas o certo é que todas foram conquistadas através de manifestações de trabalhadores que reivindicavam por direitos que ainda nem existiam, não eram regulamentados juridicamente, diferente do cenário atual.
Podemos citar o exemplo do operário que lutou, fez greve e até mesmo foi preso, torturado e exilado, persistiu com seus ideais e um dia tornou-se Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e, muito fez pelos trabalhadores e trabalhadoras.
Quero externar meu apoio através das caminhadas, apresentando e representando suas demandas no Parlamento, pois também sou servidor público e sei das responsabilidades que temos para com a população.
A profissão de professor talvez seja a mais nobre das profissões, não desmerecendo as demais, pois são eles que formam todos os profissionais, por isso merecem ganhar melhor. Mas quanto seria um salário justo ao professor? A esse profissional que muitas das vezes abdica do direito de ter um final de semana divertido com sua família a ter que corrigir trabalhos e provas, planejar aulas e até mesmo ter que estudar mais para poder oferecer uma boa aula! Acho que um salário justo estaria além do pretendido por essa classe, mas é o que já daria melhores condições.
Gostaria de lembrar o quê disse a Presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, em seu discurso de posse, no dia 01/01/2011:
“ ... Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens....” (grifo nosso)
Sem dúvidas foi um discurso emocionante, encorajador e sobretudo de esperança.
Para encerrar deixo algumas citações extraídas do livro: Educação: A solução está no afeto.
“... O professor tem o direito constitucional de fazer greve e ninguém pode deixar de respeitá-lo por isso, mas não tem o direito de ser negligente, incompetente, displicente, porque o aluno não tem culpa.
Se o problema é com os administradores, eles é que devem ser enfrentados. É melhor entrar em greve, com todos os problemas decorrentes disso, do que dá uma aula sem alma, apenas porque ganha o suficiente.”
Autor: Gabriel Chalita, Livro: A Educação: a solução está no afeto. Pag 164.
Presidente Figueiredo-AM., 15 de abril de 2011.
Miguel Leopoldo Teixeira Bastos
Vereador PT
Discurso proferido em Sessão Plenária, no dia 15 de abril de 2011.
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